divagas
nas vagas de tempo dos laboriosos dias
no vácuo de um copo vazio que a pouco servia café
na vislumbrante transparência de uma vitrine
nas cores que o sol jogado ao chão ganha
ao quedar contra o vitral colorido de uma igreja
divagas
sem querer a todo instante
erras na própria cabeça
te desligas de tudo
tristeza
angustia
dois pães na cozinha endurecem esquecidos
tua fome se apresenta
outra insaciável
enquanto tua loucura te engole
todos os teus inimigos se tornam
um
Bravo!
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