Aqui. Nessa gaveta. Minha gaveta. Em um armário. Possivelmente, atrás de uma porta. Minha casa.


domingo, 26 de junho de 2011

Azáfama

Tuas palavras estão fora
De lugar como se
A culpa minha fosse
O tempo já se fosse

Pois eu digo
Meu intento
Muito intenso
Mesmo imenso que
Dias passarão
Passados continuarão
Futuro
um só
Se perderá num dia

Quem então é aquele
Que roeu a gola das camisetas
Bagunçou a casa e
Sujou as mãos

A culpa
É uma dessas
Muito mais mansa
que mansas folhas secas de outono

É dessas aquelas que rapidamente sobem
E lentamente descem com o vento
Invisível