O quente do sul
Se perde no deserto
No inverno da solidão
Espero
Espero pelo verão de tuas dobras
Que vão me aquecer no frio das
Próximas estações
Espero enquanto me esqueço no constante plano
No plano das planícies de onde sou
Na mesmice da rigorosa paisagem em horizontal que
Não muda e nos joga em devaneio
Não muda enquanto não tem tua presença
Então fico esperando
Jogado nessa estação
Queimando
No frio da solidão
Gostei muito de encontrar, nesse espaço de trás da porta,o desejo de escrever (e de se apropriar da LE e significar através dela, para além das formulações lingüísticas, como se dissesse "quero ser seu íntimo")
ResponderExcluirEm uma ligeira primeira leitura, me agradaram as imagens ambíguas e dolorosas de "Quem trás a mudança nas estações".